RESENHA DAS 11 - ABRIL

RESENHA DAS 11 - ABRIL

A melhor mão.





O que é preciso para vencer na Pelada 11? Claro, habilidade é deveras importante, porém, saber driblar ou agarrar, ter visão de jogo e um chute preciso ao gol somente não é o suficiente.

Também não basta participar ativamente dos jogos. Aqui cabe uma ressalva: claro, quanto mais jogos jogar, maiores as chances de uma boa pontuação. Porém, hoje em dia, uma plena participação na Pelada 11 é quase um pré-requisito para se manter no topo, não um diferencial. Se em 2017 e 2018 a ausência em um sábado configurava a perda de uma ou duas posições, agora em 2019 a queda é bem mais acentuada.

Assim, cheguemos à resposta: para vencer na Pelada 11, o jogador tem que saber ler o dia de jogo. É ficar em campo o maior tempo possível, dosando o seu vigor físico, visando 110% de rendimento nas partidas finais, quando a maioria dos participantes estiver cansada. É dar o melhor, mesmo que não o seja, buscando a pontuação do time e, por decorrência, a própria. É ir para o gol quando não houver goleiro, conseguindo pontos tanto na linha como ali. É usar a sorte para substituir na hora certa, fazendo do time em que cair, uma máquina de pontos.

Pode-se também dizer que a construção da vitória na Pelada 11 não começa quando entra em campo. Mas bem antes disso, ao ter o nome anotado na súmula. Afinal, a ordem de chegada pode garantir um, ou até mesmo duas partidas a mais num cenário normal.

Neste panorama, cada ponto levantado aqui, uma carta de um baralho multi-facetado e intrincado. Cada naipe, numeral ou algarismo, uma variável que deve ser corretamente utilizada.

Ao longo de 2019, a disputa vem se decidindo nos mínimos detalhes - e não dá mostras que deixará de assim ser. Bastou um dia bom para Luís Carlos voltar ao topo abrindo 1,83 ponto para Wyliam Messi. Bastou um dia ruim para Wyliam Messi cair para segundo, a 1,83 ponto atrás de Luís Carlos. Na espreita, Wendel Arantes, Dênis Rodrigues e Betinho seguem atentos a qualquer vacilo. E com toda essa competitividade na dianteira, onde um rouba pontos preciosos do outro, o bloco intermediário mais se aproxima, com Thiago Teber e Otávio Ballock agora liderando o bolo que conta também com Vitor PQD e Xuxa.

Mas novos nomes podem ainda surgir. E num campeonato em que uma única carta pode diferenciar a glória do fracasso, ter a melhor mão não é definitivo. Mas sim, algo que deve ser construído e trabalhado. Algo que está longe da definição.