- Autoria do escritor Leandro Soares (23/07/2019).
- Os artigos publicados por colaboradores não necessariamente traduzem a opinião do Grupo Troféu, cabendo aqui o propósito único de estimular a parceria da associação com os seus associados.
NO TRIBUNAL
Num tempo remoto, funcionava meio que assim: nas janelas ficavam de olho no cotidiano da vizinhança fiscais voluntários. Quando viam algum fato inusitado, logo comentavam com terceiros e opinavam sobre o seu ponto de vista. Como um "telefone sem fio", rapidamente, no boca a boca, aquela situação passava por várias óticas diferentes, tornando-se a sensação do momento, independente que tenha acontecido um fato positivo ou negativo.
Sempre havia opiniões e versões diferentes sobre variados fatos do cotidiano. Muito comum também em nossa época são os fiscais dispostos nas redes sociais que atuam quase que 24 horas por dia. Estão a todo instante presentes e quando você menos espera respondem postagens, expondo seus pontos de vista nos comentários de forma instantânea. Muitas vezes o comentário pode incitar o ódio de outros pessoas que também comentaram as postagens. Na fogueira de egos, muitos se tornam um pouco juízes, atuando no tribunal das redes sociais.
Se antigamente, o tribunal era na frente das casas quando os vizinhos se reuniam para conversar, hoje os tribunais são mais democráticos, reunindo pessoas de várias partes, não havendo fronteiras geográficas.
Hoje todos se julgam no direito de julgar e armar o barraco virtual, expelindo desaforos na forma de ódio. Amizades se desfazem e são criadas contendas coletivas como se fosse um motim para fazer o outro expiar as suas dores. As calúnias chegam do outro lado do mundo. Deixa-se de lado as oportunidades de construir um mundo melhor, visto que com a Internet não há barreiras para se consolidar parcerias de solidariedade.
Em muitos casos o autoconhecimento não faz morada no mundo interior e o que se exterioriza são impropérios sobre a conduta alheia. Sócrates, pai da filosofia, já dizia "conhece-te a ti mesmo". Ao se conhecer, sabemos quem somos e inclusive nos colocamos no lugar do próximo. Faz-se mais próximo dessa forma o exame de consciência porque pensamos antes de apontar o dedo em riste para o próximo.
Ah, se tivéssemos a lembrança de todas as faltas que cometemos em existências passadas! Não faríamos metade do que é praticado! Mas Deus é Misericordioso e nos deu o esquecimento no mergulho do espírito na carne!
Não podemos esquecer de falar da recomendação do Mestre Jesus em Mateus 7:3-5: "por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho do teu irmão."
Fica então a recorrente orientação de que antes de criticar ou ofender, tente ajudar. Ou melhor: tente antes de tudo resolver as suas próprias dissidências, antes de opinar sobre a vida alheia.
Muita paz e bem para todos!
Sempre havia opiniões e versões diferentes sobre variados fatos do cotidiano. Muito comum também em nossa época são os fiscais dispostos nas redes sociais que atuam quase que 24 horas por dia. Estão a todo instante presentes e quando você menos espera respondem postagens, expondo seus pontos de vista nos comentários de forma instantânea. Muitas vezes o comentário pode incitar o ódio de outros pessoas que também comentaram as postagens. Na fogueira de egos, muitos se tornam um pouco juízes, atuando no tribunal das redes sociais.
Se antigamente, o tribunal era na frente das casas quando os vizinhos se reuniam para conversar, hoje os tribunais são mais democráticos, reunindo pessoas de várias partes, não havendo fronteiras geográficas.
Hoje todos se julgam no direito de julgar e armar o barraco virtual, expelindo desaforos na forma de ódio. Amizades se desfazem e são criadas contendas coletivas como se fosse um motim para fazer o outro expiar as suas dores. As calúnias chegam do outro lado do mundo. Deixa-se de lado as oportunidades de construir um mundo melhor, visto que com a Internet não há barreiras para se consolidar parcerias de solidariedade.
Em muitos casos o autoconhecimento não faz morada no mundo interior e o que se exterioriza são impropérios sobre a conduta alheia. Sócrates, pai da filosofia, já dizia "conhece-te a ti mesmo". Ao se conhecer, sabemos quem somos e inclusive nos colocamos no lugar do próximo. Faz-se mais próximo dessa forma o exame de consciência porque pensamos antes de apontar o dedo em riste para o próximo.
Ah, se tivéssemos a lembrança de todas as faltas que cometemos em existências passadas! Não faríamos metade do que é praticado! Mas Deus é Misericordioso e nos deu o esquecimento no mergulho do espírito na carne!
Não podemos esquecer de falar da recomendação do Mestre Jesus em Mateus 7:3-5: "por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho do teu irmão."
Fica então a recorrente orientação de que antes de criticar ou ofender, tente ajudar. Ou melhor: tente antes de tudo resolver as suas próprias dissidências, antes de opinar sobre a vida alheia.
Muita paz e bem para todos!
Leandro Soares
23/07/2019
Disponível em: