- Autoria do escritor Leandro Soares (23/01/2020).
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Era final de uma tarde de domingo.
Eu e minha família estávamos passeando numa comunidade católica de nome "Canção Nova" localizada no interior de São Paulo.
Aos poucos, as pessoas estavam se recolhendo e retornando aos seus lares.
Foi quando minha esposa pediu para fazer uma oração numa ermida de Maria junto com as crianças.
Fiquei sentado num banco próximo e fui abordado por um senhor.
O senhor disse pra mim que ouvia vozes e que vinha da cidade de São Paulo.
Contou que pelo fato de não ter atendido a voz, não evitou que uma mulher praticasse o suicídio numa estação de metrô.
Perguntou se eu acreditava nele porque as pessoas o chamam de esquizofrênico.
Eu respondi que sim e disse pra ele que na doutrina espírita chama-se de mediunidade essa faculdade, o que no catolicismo chamam de carisma; que ele deve estudar com afinco essa faculdade e buscar ter um comportamento reto e ilibado na prática do bem independente da religião que seguir.
Como exemplo, contei a história de Divaldo Franco que titubeou abraçar um serviçal num hotel na África do Sul.
Depois da insistência da sua mentora Joana de Ângelis, ao abraçar o serviçal, descobriu que aquele homem ainda sofria preconceito, que não recebia carinho algum e estava prestes a praticar o suicídio porque descobriu que estava com câncer.
Desde então, Divaldo manteve amizade com aquele homem que se curou do câncer e acabou criando o primeiro grupo espírita na África do Sul.
Muito satisfeito, aquele homem que ouvia vozes me agradeceu e se despediu de mim e concluiu:
" - Quando ouvir a voz de Deus, não podemos desobedecer de forma alguma!"
Acenei para ele e fui ao encontro da minha família que estava me esperando.
Leandro Soares
(23/01/2020)
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